" Prestando contas "
foi com este famoso soneto que um frade administrador de uma fazenda de gado na ilha de MARAJÓ ( BRASIL ) respondeu ao geral da ordem que o intimara a prestar contas em certo prazo de tempo, por lhe constar que ele as não tinha muito regulares.
Eis o soneto que tem a data de 1710.
Edição de Lopes e Cia em 1915 cidade do Porto Portugal
Autor Alberto Bessa.
Sem Titulo
O tempo de si mesmo pede conta
Porque chega da conta o breve tempo,
Mas quem gastou sem conta tanto tempo,
Como dará sem tempo tanta conta?
Não quer levar o tempo tempo em conta,
Pois conta se não faz de dar-se a tempo,
Quando só para a conta houvera tempo
Se na conta do tempo houvesse conta.
Que conta pode dar quem não tem tempo?
Em que tempo a dará quem não tem conta?
Que a quem a conta falta falta o tempo.
Agora sem ter tempo e sem ter conta,
Sabendo que hei de dar conta do tempo,
Vejo chegar o tempo de dar conta.