ESPERANÇA SENTIDA
Apetece-me escrever um soneto,
Um soneto assim de amor diferente
Em que minha alma está transparente,
E nas linhas abrancadas remeto
A paixão urgentemente em espeto
Desta minha carne e sangue fremente,
Que circula como foco da mente
E do espírito do meu esqueleto...
O meu corpo assim borbulha de vento
Rigoroso e mais repleto de vida,
Entre cada fervoroso momento
Que procuro o paraíso em saída
Arrancada ao tempo sempre tão lento,
Mas de rápida esperança sentida.
Ângelo Augusto