Iluminado

Jamais enxergou, não caminhava 
Tateando nas sombras da solidão 
Resignava-se às alegrias que versejava 
Pura emoção. 

A voz embargada e enternecida 
Ressoava em vários rincões 
Os versos lindos 
Em belas canções. 

Poeta cego e mutilado 
Preso a cadeiras de rodas 
Em toda sua mansidão 

Eterno enamorado 
A natureza em versos e prosas 
Que importa a escuridão? 

 
Publicado no Jornal Evolução de São Bento do Sul/SC
 
http://www.jornalevolucao.com.br/noticias/19520/1/iluminado
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