NO RUMO NORTE

Quanta saudade eu sinto do ziziar

Do gorjeio das aves, um absurdo,

Da alvorada e algazarra, a voz o zurro,

No terreiro o zunir, o despertar.

De a floresta escutar o sibilar

No alto da copada o bacurau

Horripilantes zunem entre paus

O vento açoita pra lá e pra cá.

Cai à tarde fogueira à noite inteira

No terreiro da tenda ela se expunha

E rodopiava ao som de dois pandeiros.

Garimpeira teu olhar me acabrunhava

Alcunha que outrora eu sonhara

Saudades de eu e tu, carne e unha.

fcemourao
Enviado por fcemourao em 09/12/2013
Código do texto: T4604990
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