VÁ!

Peço-te: Não batas em minha porta!

Respeite o meu flagelo de vida!

Minha alma encontra-se quase morta

Diante do amargor de sua partida.

Quero o silêncio rondando por perto;

Sentir o aproximar dos dias quentes

Agasalhando as manhãs quando desperto...

Jogar fora todos esses dias doentes.

Vá! Não mais hei de chorar! Quero viver,

Abraçar a beleza que de mim fugiu,

Embora dentro do esperado entardecer.

Quero tirar do armário roupas cinzentas;

Esquecer o amor que de mim desistiu...

Aceitar o milagre do sol que me espreita.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 08/12/2013
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