VÁ!
Peço-te: Não batas em minha porta!
Respeite o meu flagelo de vida!
Minha alma encontra-se quase morta
Diante do amargor de sua partida.
Quero o silêncio rondando por perto;
Sentir o aproximar dos dias quentes
Agasalhando as manhãs quando desperto...
Jogar fora todos esses dias doentes.
Vá! Não mais hei de chorar! Quero viver,
Abraçar a beleza que de mim fugiu,
Embora dentro do esperado entardecer.
Quero tirar do armário roupas cinzentas;
Esquecer o amor que de mim desistiu...
Aceitar o milagre do sol que me espreita.
DIONÉA FRAGOSO