Tarde Fria
Tarde Fria
Viver no universo das brumas negligentes
Como folhas bailando sem rumo na ventania
Em tarde fria, em piruetas, sem regente
As pinceladas da dor transformam-se em sinfonia
Do palco de ilusões vertem sombras na mente
O vento seca as lágrimas onde dantes sorria
O olmeiro farfalha na tempestade imponente
Sob os aplausos dos trovões em harmonia
No coração os sonhos singram gemendo
E o ziguezaguear dos relâmpagos enfurecidos
Rasga em retalhos o amor que a vida foi tecendo
Surge a lua entre nuvens e ao regaço vem descendo
Brilhos estelares de aroma e frescor desconhecidos
Entrelaçando em amplexos o amor enaltecendo
Norma Bárbara