Violino estrangulado

Seu coração às vezes, me parece.

No peito um violino estrangulado

Aonde eu sonho por meu pontilhado

No timbre aveludado de uma prece

Não achincalhe tanto a sua vida

Pois este é um legado sublimado

Com ela purgarás o seu passado

E voltarás a Deus de alma erguida

E quando a noite fria da agonia

Cerrar no seu olhar a nostalgia

Então terás remidas, tuas faltas.

E poderás ouvir naquele instante

Do violino o timbre mais vibrante

Ao pé das luzes santas da ribalta!

07/12/2013.

Recebi este soneto belíssimo,como réplica do meu querido amigo Sérgio,para mim um dos mais completos poetas que tenho lido!com todo respeito e encanto, vejam que sublimidade...

VIOLINO

Quimeras, bandolins, timbre que aflora,

Rasgando a etérea luz da eternidade,

E deita sobre o lume da saudade,

O que restou no instante desta hora...

Caminhos tredos, breu da mocidade,

Resto de encanto que me fulge agora,

Pois sepultei nos vários desta aurora,

Os restos de ilusão dessa verdade....

Quisera ver teu lume nas alturas,

Iluminando o breu das sepulturas

Reduto dos eternos mal fadados...

Pairando sobre os tristes mausoléus,

E arrebatando as almas lá pros céus,

Ao som de um violino em tristes brados.

GILMA LAISA
Enviado por GILMA LAISA em 07/12/2013
Reeditado em 09/12/2013
Código do texto: T4602280
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