___ Teu soneto alexandrino ___
Quando engendrei o teu soneto alexandrino...
Soavam em minha mente uns deslumbrantes versos;
Decerto era tua voz bradando no Universo,
Ouvindo o meu clamor num etéreo repentino.
Vaguei num mar azul — tão belo e cristalino,
Seguindo o verso e o eco em vagas sem regresso;
E eu delirava assim, mesmo te amando imerso,
— Ficava a contemplar o teu bradar divino!
E quando assim sonhei rever-te nesta vida,
Num corpo de mulher — qual bela estrela-d’alva,
Qu’em versos, mui clamei, que fosses minha querida
A iluminar o afeto, o afago que me acalma —,
Qual D’alva cintilante — a estrela enrubescida...
Indubitavelmente — embeveceu minh’alma!
Pacco