Cria-te a ti mesmo

Lembro-me sempre da fungível memória

Na dança do caos implantamos o pranto

Os cacos vitrais contarão a história

No meio do caos construí meu recanto

Imersa em beleza, mesmo a dor se sublima

O peculiar sentido sua unicidade atesta

Transforma estações num devir de clima

Faz círculo cíclico em qualquer aresta

Se a incerteza tolheu o dom da felicidade

Há solução em tecer vigoroso destino

Se a vida pautar-se em suprema verdade

Haverá de matar o que quer ser divino

Quando o bem e o mal ao conversar não se cassam

Na alvorada e crepúsculo, luz e sombra se abraçam.