Arquivos Corrompidos
O que foi perdido está guardado na memória
Armazenado na perversa antologia pessoal
Seria interessantíssimo aplicar golpe neural
E eliminar os dados bicodificados da história
Sensações verídicas de derrota e de vitória
Auge na fantástica criação do excepcional
Contanto carnal, medonha recordação astral
Reminiscência espírita e empatia aleatória
Perdi tudo que me fora acidentalmente doado
Agrada-me exclusivamente o que foi inventado
O resto, aspectos amorfos, atacadas pelo tempo
Amo rigorosamente, ad aeternum, o retrotempo
E nas observações, o inominável passatempo
É colorir as cinzentas imagens do passado