POR VEZES, SAUDADE

Há quem seja incapaz de amar.
Dura há de ser a vida assim!
No fundo da masmorra sem ar,
a dor de uma solidão sem fim.

Há quem ame e não saiba expressar.
Dura há de ser a vida assim!
Assistir ao tempo se esgotar,
sussurrrando poemas em latim.

Há quem ame e seja egoísta.
Dura há de ser a vida assim!
Fome insaciável e sem conquista.

Há quem ame um amor de verdade,
de euforias e silêncios; jardim
de rosas e espinhos. Por vezes saudade.

 
Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 04/12/2013
Reeditado em 05/12/2013
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