O GRILO
 
Estava sozinha em meus devaneios
Repentinamente algo me sobreveio
O grito de um bichinho que gritava por ali
Insistente persistia no seu famoso cri-cri.

E o eco daquele cri-cri muito extridente
Penetrou tão forte e firme dentro da minha mente
Retumbou, sem pedir licença, um pensamento latente...
Que mesmo num canto escuro tem alguém que está contente.

E então me encolhi dentro da minha vergonha
E fiquei em transe, vislumbrando, como quem sonha...
Fui então me transformando por uma força medonha!

Quem diria que um grilo podia tanto me ensinar...
Um serzinho insignificante, diante do nosso julgar...
Mas se torna gigante, pois na escuridão, ele consegue cantar.






 
Nira de Andrade
Enviado por Nira de Andrade em 04/12/2013
Reeditado em 23/04/2015
Código do texto: T4598498
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