Pelas rochas se quebrou
E se perdeu a onda deste sonho
Depois ficou uma franja de espuma
A desfazer-se em bruma.
(Jerónimo Bragança).
BUCÓLICO
Se na vida tiveste a triste sina
Desses vultos noturnos, tumulares,
Que têm na face alvuras de luares,
No peito a rigidez de uma colina,
Só me resta de Deus a Unção Divina
Que me vem por incenso nos altares
Como um sopro de vento d’outros mares,
A que o servo da sorte se destina.
Desafinando um cântico em falsete,
Põe-se o vocabulário em verbete
Num arremedo arremate diabólico.
Que aura mortuária se espalha
Dentro da noite! Rasga-se a mortalha
Do espanto, e o dia vem belo e bucólico.
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E se perdeu a onda deste sonho
Depois ficou uma franja de espuma
A desfazer-se em bruma.
(Jerónimo Bragança).
BUCÓLICO
Se na vida tiveste a triste sina
Desses vultos noturnos, tumulares,
Que têm na face alvuras de luares,
No peito a rigidez de uma colina,
Só me resta de Deus a Unção Divina
Que me vem por incenso nos altares
Como um sopro de vento d’outros mares,
A que o servo da sorte se destina.
Desafinando um cântico em falsete,
Põe-se o vocabulário em verbete
Num arremedo arremate diabólico.
Que aura mortuária se espalha
Dentro da noite! Rasga-se a mortalha
Do espanto, e o dia vem belo e bucólico.
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