DESILUSÃO

FOI COMO A NOITE VINDA DE REPENTE ,

BEM COMO O INVERNO SORRATEIRO VEIO ;

COMO SE A MORTE ME ROUBASSE UM ENTE

E O ESQUECIMENTO ME TOMASSE AO MEIO .

FIQUEI, DE GELO, UM BLOCO INDIFERENTE ,

COMO UM ROCHEDO SE TORNOU MEU SEIO ;

PAROU MEU SANGUE O CURSO DA CORRENTE ,

UM RAIO LOUCO ME ATINGIU EM CHEIO .

CAIU, ASSIM, O ABRAÇO SEM CALOR

TAL QUAL A FLOR PENDIDA NO SEU GALHO ,

NAQUELE INSTANTE DE SUPREMO AMOR .

NA TENTAÇÃO DA BOCA QUE SORRIA ,

COLEI MEUS LÁBIOS MORNOS - GESTO FALHO.

RECUEI ...AQUELA BOCA ESTAVA FRIA .

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Autor : Arnoldo Wiecheteck

ARNOLDO WIECHETECK
Enviado por ARNOLDO WIECHETECK em 02/12/2013
Reeditado em 03/12/2013
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