ESCONDERIJO
ESCONDERIJO
Joyce Sameitat
Me revisto de neblina da cabeça aos pés;
Percorro do orvalho os seus labirintos...
Tentando encontrar nele algum recinto;
Onde eu possa depositar minhas marés...
Que com as fases lunares se revolvem;
Mexendo com todos meus sentimentos...
Quando tento resolver um, não dá tempo;
E nisto as minhas forças se consomem...
Estou entre névoas só para me desfazer;
Desta confusão que veio tentar me abater...
E que está esgarçando a tudo o que sinto;
Não achei lugar para o que sou esconder...
Vou então a todo vasto universo percorrer;
Quando voltarei? Se disser que sei, minto...
SP - Novembro 2013