+Ao cair do sonoite+

E, quando veio a sombra da noite

Viu Satanás, em deboche, deleite

Aquele diabo que não te respeite

A tuas umbras ao cair do sonoite!

Estalar o dorso, serpente é açoite

Aquele infeliz, o inferno te rejeite

Qual dantes bebia a copos, o leite

Em glória e alegria, até assanoite!

Grita desgraçado, na vala se ajeite

Com a lama mais fétida, se enfeite

Pagai teu custódio, desse pernoite...

Até que seja ungido o divino azeite

Tal que nas vozes do arcanjo aceite

Deus já é luz, ante ao penoso aloite.

Valdívio Correia Junior, 02/12/13