NEFROPÁTICOS VERSOS



É cruel... É dantesco... É perverso...!
Este mal que aos poucos me consome.
Que por noites tem me deixado insone,
Fazendo-me à vida, réu-confesso

E como fosse em caminho inverso
- Sem rédeas, tréguas... Em ditames -
Assim é-me este mal... - Infame -
À temores e cismas mais complexos
.
Há de ser-me, este mal, uma sina!?
O destino, em fúria, que m'assassina,
Oculto, disfarçado em seus mistérios?

Ou apenas um mal que m'aniquila,
Semeando-me a consciência tranquila
Que unidos iremos ao cemitério!?