Distante Amor
Desolador dia ouvidor da poesia...
Dos pássaros o canto, amorosos pelo ar!
No frescor venturoso, a brisa a crepitar...
Com pranto, com ardor... Sem bela companhia!
Amada, amada minha, por ti eu rogaria...
Volta tua – como és dista!- a me acalentar
Com amor, regressando, no lindo raiar...
Do sol, com ousadia, em tons de cortesia!
Na distância não de espaço e sim de falante;
Resplandece linda moça quando se arruma...
Esperando-te a prosa, aflito a cada instante!
Esperanças no amor ainda tenho alguma?
Se a princesa amada minha anda tão distante,
Anda leve... Amena... Voa como uma pluma?!
Carmo de Oliveira