Soneto X _ Borboleta azul
Tere Penhabe
Meu dia se afogava na saudade!
De repente, encostou-se na janela,
A borboleta azul... simplicidade,
Sabendo que esperava tanto dela!
Lá embaixo, pelas ruas da cidade,
Corriam cores de linda aquarela,
Nos tons febris da tal felicidade,
Que é verde, azul, vermelha e amarela.
Meu rosto iluminou-se num sorriso,
Eu tinha agora, tudo que é preciso,
Para poder sonhar com esperança!
E da ternura que migrou de mim,
Na dor que parecia não ter fim,
Eu não fiz tempestade, fiz bonança.
Santos, 28.03.2007
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