SONETO AO FINAL
Há tantos vazios nesse meu EU tristonho
Onde sequer a dor atina repousar
E nua de qualquer intento para ousar
Sucumbo num escalavro ébrio de sonho!
Não são as chagas da morte que decomponho
Como temer o fim quem se abstém de lutar?
Sou diminuta cinza ensejando voar
Apartada em espiralado medonho!
Quão estéril é o errático estertor tacanho
Nas medíocres cantatas ora expresso!
E o clamor sufocado jamais professo
É o espectro abissal dum desejo estranho!
E ao pulsar na sutileza do céu tamanho
Estilhaço o transir em vitrais impresso!