Mulher Tempestade
Mulher Tempestade
(Soneto)
Mas porque contribuis para a aversão,
Que acorre assim a ti da multidão?
Terás tu desmedido bom prazer,
Quando escutas a chusma a responder?
Mas que ideal te conduz à sensação,
De que teus urros altos são razão?
Acaso a relutância faz vencer,
Quando não há verdade a defender?
Mas ouvirás alguma vez alguém?
Ó mulher que tudo olhas com desdém,
Do utópico pináculo mesquinho!
Irás ter bonomia e reflectir?
Ou irás continuar sem admitir,
Que crias tempestade e torvelinho?
André Rodrigues 23/11/2013