A natureza mandou recado
Moras na casa de teto cinzento
Pintores de carros automotores
Sufocaram o aroma de tuas flores
Sem alarde - néctar do teu alimento
Talvez nem tenham os mesmos sabores
E isso desperta um descontentamento
Em ti - tão só, voaste até meu assento
Pra que eu pudesse ouvir os teus clamores
Borboleta ou mariposa, nem sei
Não sou flor, então o que faz aqui,
na cortina do quarto em que chorei?
Por mim deixaste teu lar, o jardim
em cores - À alva de asas transporei
Minhas dores num sorriso festim.
Homenagem à borboleta/ mariposa branca que entrou pela minha janela quase fechada, pousou no meu colo, voou pra cortina e cá ainda está... rs