Casulo
Num canto da alma reclusa
Não se permitia descobertas
Devia à fragilidade escusas
Se se via ao pecado aberta
Não dividia a cama ou carícias
Se sentia prazer, prazer solo
Partindo de uma premissa
Que a partilha por si era dolo
A ânsia veio romper o casulo
Soltou da alma o que era nulo
Saiu pelo mundo para viver
Sabia que o conquistado
Era efêmero e fere sem aviso
Mas amou e o amor é preciso