Plangente
Chove lá fora chuva mansa e fria,
um flébil véu de lágrimas serenas,
que até me alembram asas de falenas,
seus tons argênteos, cor de fantasia.
É grande sua paz, pura harmonia,
são belas suas gotas tão pequenas
caindo sobre as rosas, às centenas,
deixando em tudo a graça da poesia.
E fria e mansa cai a chuva fina
formando um véu de lágrimas, neblina,
que esconde o lago, suas calmas águas.
Chuva que cai nas rosas multicores
(as gotas se parecem beija-flores),
por que não regas meus rosais de mágoas?
Brasília, 25 de Novembro de 2013.
REALEJO,pg. 84
Sonetos selecionados, 49
Chove lá fora chuva mansa e fria,
um flébil véu de lágrimas serenas,
que até me alembram asas de falenas,
seus tons argênteos, cor de fantasia.
É grande sua paz, pura harmonia,
são belas suas gotas tão pequenas
caindo sobre as rosas, às centenas,
deixando em tudo a graça da poesia.
E fria e mansa cai a chuva fina
formando um véu de lágrimas, neblina,
que esconde o lago, suas calmas águas.
Chuva que cai nas rosas multicores
(as gotas se parecem beija-flores),
por que não regas meus rosais de mágoas?
Brasília, 25 de Novembro de 2013.
REALEJO,pg. 84
Sonetos selecionados, 49