COMO SE FORA UM SONHO
COMO SE FORA UM SONHO
Silva Filho
Como se fora um sonho – percebi
Que uma força especial me compelia
Fazendo-se compor uma poesia
Enquanto adejava um colibri!
Cortejando a beleza da roseira
O colibri... com graça... se exibia
E o meu poema, como vespa, defendia
Um ciúme que na rosa tem ribeira!
A poesia é... de fato... esse condão
Que passa qual procela pelo coração
Para levar alhures... todo encanto!
Pela rosa o poema tem paixão
E o poeta – com razão ou sem razão
Faz nascer mais uma rosa no Recanto!