ETERNAMENTE NO PASSAR DOS ANOS
Ó mar imenso e azul, a voz do mundo,
Carregas tantas mágoas doutras gentes
Que por ti já passaram, diferentes
Em tudo de um desejo furibundo...
Ó mar doutrora agreste e vagabundo,
Que tantos sepultaste, pois não mentes
Sobre aqueles que ousaram sempre crentes
De ultrapassar o medo tão profundo!
Ó mar de lusitana e grandiosa
Conquista, lembra-te dos teus audazes
Marinheiros de audácia gloriosa...
E da vida que foram tão capazes,
Reze a história nos versos lusitanos,
Eternamente no passar dos anos.
Ângelo Augusto