SONETO AMARGO
Quem dirá de nós que já não somos?
Que em outrora fomos, e agora, não mais?
Quem dirá de nós, de um tempo atrás
Que felizes seguimos, e nos amamos?
E o amor...? Do amor que juramos...
Quem dirá? ... Se é ardomecido?
- Em letargia - Como algo morrido...
E em desalinho... Nos entregamos?
Ninguém nos dirá... E por desventura,
Como a reclamar, em essênsia, ternura,
- Como queixa de amor... E ausentes -
Seremos, em todo amor, desvalidos
E às juras, d"antes de amor, esquecidos
Esquecidos ao amor... Pra sempre!
Puetalóide
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ETERNO
Sempre haverá um belo espaço
Alojado dentro d'alma felizmente,
Onde perdura um grande amor latente,
Como fogo queimando em nobre paço
E as juras feitas com embaraço...
Brilham ainda fortes e reluzentes,
Qual moças fagueiras, leves, contentes
Criando alegres seus novos compassos
Assim, o tal querer, um dia presente
Nunca será fugidio ou ausente...
Pois, eterno ele reina, e resistirá.
Amor não vivido é Onipresente...
Pura labareda tão doce e quente,
Pra sempre no peito, perdurará!
Ádria Comparini