Beleza Eterna

Quão tempo faz, que não te vejo, assim

Tão linda, do mesmo modo, quando antes

Via... E os teus olhares apaixonantes

Rogavam aos meus: - iremos até o fim!

Eram belos, desde até inebriantes

Aqueles dias, de amor, e que a mim

Deste sonhos, com lírios do jardim

Que ornava certas flores fulgurantes!

Mas ah! As coisas mudam, o tempo passa,

E vai-se embora boca em que tu rias...

Que hoje a vejo, e me caio na desgraça!

Ante outrora amor, e hoje malogrado,

Ao ver-te de novo, olho em alegrias:

És linda hoje, em futuro, e no passado!

Carmo de Oliveira