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MORRE O AMOR
 
Anéis dourados não selam fortes laços
Nem o brilho nos dedos, compromissos
Pois se faltam encantos e abraços
Nosso querer é um querer omisso...
 
Encantamo-nos com a frágil luz do sonho
Que nessa Terra é uma vã quimera
E se agora estamos tão tristonhos
É que chegou o inverno e foi-se a primavera
 
E por não ter colhido às mancheias
Os dons da gentileza, da alegria
Morreu de vez, na alma, a poesia...
 
Com isso, vai-se o amor... Jaz nas areias
Levado pelas ondas fugidias
Findando-se em lenta agonia....
22/11/2013

 
(SONETO DE MÉTRICA VARIADA)

Recebi a belíssima interação do meu amigo e poeta piauiense Silva Filho, a quem agradeço de coração! 


CONTRADIÇÕES


Prefiro que te enganes, nobre amiga
Pensando que o amor morreu
Se o amor se vai por uma briga
Não muito longe, decerto se escondeu.

Como fogo invisível em escombros
Arde o amor também às escondidas
Em recesso tem retiro no ensombro
E no ensombro até cuida de feridas.

Que seja mesmo assim a vida
Repleta de suspense (estilo teatral)
Cada peça com uma cena não vivida.

E mesmo que pareça um temporal
O amor tem seu recesso, em recaída
Mas sempre volta ao peito principal.

(Silva Filho)