Um poeta estouvado, noite lenta,

Um poeta estouvado, noite lenta,
(Impressão tão fugaz num estudioso)
Um astro num papel tempestuoso,
Cabeça entre as mãos, dor experimenta.

A noite lenta, sobre a rua senta
Perto do luar negro, ambicioso,
Que o poeta, imprudente, lamurioso,
Só percebe o negror que o ornamenta.

A noite é lenta e capta simples luz
Que a se mostrar insurge ao negrume
Que com seu halo e hábito conduz

O estouvado a sentir todo o perfume
Da noite lenta e escreve doces versos;
luminosos são os versos do negrume.



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MVA
Enviado por MVA em 21/11/2013
Reeditado em 21/11/2013
Código do texto: T4580721
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