RAPEL
Eu já posso soltar meu suspiro de alívio
Nas paredes de pedras que escalei com as mãos!
Lancei cordas ao alto, fugi do precipício,
Fortes nós eu atei... para não descer mais ao chão.
Quando olhei para baixo, tudo estava distante...
E pra mim me acenou toda a desilusão
De sentir o findar dum amor ofegante,
De laços sufocantes, só no meu coração!
Alcancei o nirvana... mundo fictício
Que só existe na pena da escrevinhação!
Quando enfim dei por mim, eu já tinha transcrito
O caminho nas pedras da minha solidão...
Lá no alto dei passos...todos eles certeiros
Para não me afundar num novo pesadelo...