DERRADEIROS EMBATES

Eu feito em matéria da terra do mundo,

Matéria de pó sem ter nada que valha

A vida de eterna esperança, que talha

Destino aos confins do vazio oriundo.

Da origem do mal de que sou vagabundo,

Eu vejo que sou um humano que falha

Assim normalmente e na luz que me espalha

Total resplendor do meu sonho profundo...

Na força de fraca existência e sombria

Presença, nos anos de grandes combates

Que tenho enfrentado em modesta alegria;

Tristeza que calca demais nos rebates

Constantes da vida incotida em poesia,

E sempre a enfrentar derradeiros embates!

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 21/11/2013
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