SIMPLES ASSIM...

Eu não sei escrever soneto fraco,

Minha veia de poeta está ao rubro

E quando as minhas falhas já descubro,

Já os meus versos deram tal barraco!

E assim fumando sempre o vil tabaco

Que me perturba o cérebro que cubro

Na queda da folhagem deste Outubro,

Armo defesa em arma que lhe ataco...

E por vezes mais calmo na caverna,

Como um lobo faminto e tão furtivo

Da galáxia que sempre mais me alterna...

Nas letras duro gênio intempestivo

Da força e raiva interior eterna,

Que almejo o meu lugar a ser cativo.

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 21/11/2013
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