SIMPLES ASSIM...
Eu não sei escrever soneto fraco,
Minha veia de poeta está ao rubro
E quando as minhas falhas já descubro,
Já os meus versos deram tal barraco!
E assim fumando sempre o vil tabaco
Que me perturba o cérebro que cubro
Na queda da folhagem deste Outubro,
Armo defesa em arma que lhe ataco...
E por vezes mais calmo na caverna,
Como um lobo faminto e tão furtivo
Da galáxia que sempre mais me alterna...
Nas letras duro gênio intempestivo
Da força e raiva interior eterna,
Que almejo o meu lugar a ser cativo.
Ângelo Augusto