CORAÇÃO GUERREIRO

Vago a esmo em veredas sombrias
Aflitivas, cruéis labirintos
Vejo abismos sorrirem, famintos
Acossando, implacáveis, meus dias

Esperança me abraça os instintos
Inda almejo manhãs luzidias
Onde há flores e relvas macias
Não espinhos, cenários destintos

Recuar, sucumbir à fragura
É negar à minh'alma o sucesso
É deixar que prospere a voragem

Do que as pedras, garanto, é mais dura
Esta lança empunhada e só peço
Não me falte jamais a coragem