COMO UM RIO
COMO UM RIO
Joyce Sameitat
Minh'alma se debruça no sol escaldante;
Com tendência confesso que assassina...
Para matar a tristeza que me faz chacina;
E que ironicamente vai seguindo adiante...
Carregando a morte em seu semblante;
Ri feito doida, dança como messalina...
Não é musical e tampouco é dançarina;
Mas causa uma dor deveras lancinante...
Quer me prender à força, inteiramente;
Dobra o meu ser que fica só gemendo...
Se apresenta como uma inconveniente;
Mas sou eu que hoje a estou derretendo...
Mando-a embora bem paulatinamente;
Pelo rio de lágrimas que estou vertendo...
SP - Novembro 2013