DE VOLTA AO LAR. soneto-480.

Que fazes assim mui triste e abatido,

Por que consentes um rosto fechado,

Sei estás com coração quebrantado,

Força-te tal culpa a viveres escondido.

Fizestes o improvável a desobedecer,

O impuro corrompeu-te a consciência,

No entanto guiei-te com proficiência,

Mas árduo coração não te deixou crer.

Antes de criar-te dei-te santa herança,

Em vão por nada vendeste a esperança,

Entristece-me ver-te assim contrariado.

A culpa forçou-me dar único herdeiro,

Morrendo aqui por ti desfiz o cativeiro,

Pra fazê-lo voltar ao lar filho amado.

Cosme B Araújo.

18/11/2013.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 18/11/2013
Código do texto: T4576125
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