O QUE EU SINTO
Oh, mundo vil que habito de suspeito
Pensamento e memória atribulada,
Que tudo passo amor jamais perfeito
E que minha alma sofre alucinada...
De tudo isto que sinto do meu jeito,
Do meu modo de estar, e como espada
De combate que tomo por direito,
Na minha presunção da flor amada...
Inquietudes constantes do meu ser,
Contradições de loucos sofrimentos
Que me levam a ter que os conhecer,
E assim carrego estes condimentos,
Que tanto me atormentam sem os ver,
Nos meus passados tristes maus momentos!
Ângelo Augusto