O Enforcado
A corda no pescoço denota a morte
Alma sofrida pedindo perdão
Chagas sangrando, tamanho corte
Não maior do que esta solidão
Sortilégios, pragas sepulcrais
Vem em torno do corpo pendurado
A perambular pelo mundo, lhe apraz
Enquanto do mundo é afastado
Grita na orbe dos perdidos
O juiz anuncia a sentença
Mais um ser corrompido
Pede ao juri, apenas indiferença
E desmedidamente a mentir
O Enforcado, sem jamais existir