Ser Humano

Ser Humano

(Soneto)

´inda gosto de ver meu rosto ao espelho…

De ver como meu corpo está disforme,

De contemplar a carne… este uniforme,

Que aos poucos se corrói e fica velho!

Já não sou mais formoso, o áureo fedelho,

O jovial que a beleza tinha enorme.

Aquela que enrugou e agora dorme,

E cujo passo, faz ranger meu joelho!

Ah! Sei que já não sou a novidade.

Mas gosto de me ver e recordar,

Com lágrimas, sorrisos e saudade!

E como todos, quero acreditar,

Que não vou pertencer à antiguidade…

À mobília vetusta e tumular!

André Rodrigues 11/11/2013

Dom Poeta
Enviado por Dom Poeta em 16/11/2013
Código do texto: T4573362
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