O Ilusionista (A C.R.)

O Ilusionista (A C.R.)

(Soneto)

Ó desafortunada rapariga!

Que definhas à meses na mentira,

Enquanto um aldrabão te toca lira,

E te interpreta idóneo uma cantiga:

Não sentes tu, que te enche ele a barriga,

Com a invenção enquanto o alheio mira?

Que agora ele acarinha outra safira,

Deixando-te em desnorte qual mendiga?

Não acredites mais no ilusionista,

Nem no dom do eloquente vigarista…

Tira a venda do olhar do coração!

Será dos teus proventos um chupista,

Dos sentimentos teus sempre um trocista,

Senão o erradicares da ilusão!

André Rodrigues 12/11/2013

Dom Poeta
Enviado por Dom Poeta em 15/11/2013
Código do texto: T4572009
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.