Erro

Erro

(Soneto Heróico)

Ah! Se uma purga houvesse que limpasse,

Meu ego da imundície traiçoeira…

Feliz eu banharia a minha asneira,

P´ra que toda esta lama se eclipsasse!

Se acaso redenção que me salvasse

Houvesse, do fervor que há na rameira;

Queria a sua bênção derradeira,

P´ra que ela do pecar me refratasse!

Não há nada pior que apodrecer…

Ter minha carne limpa, a reluzir,

E estar nesta lembrança a enegrecer!

Ter a recordação sempre a tinir,

E uma infinita náusea a revolver,

Dardejando-me a paz sem se exaurir!

André Rodrigues 9/11/2013

Dom Poeta
Enviado por Dom Poeta em 15/11/2013
Código do texto: T4572008
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