CANÇÕES DE OUTRORA
Dueto Poético
(Puetalóide & Ysolda Cabral)
SONETO EM AGRURAS
Como quem canta dores... Eu canto!
- São versos tristes e amargurados -
É como fosse um canto amaldiçoado,
De angústia, tristeza... E desencanto
Nasce dentro de mim... E em pranto
Faço-o, à luz de versos, confessado.
É como algo em mim... - Agoniado -
Q'eu busco encontrar, e não encontro
Mas, ainda assim... Eu vou cantando,
Tentando achar em mim, procurando
O q'eu não sei ao certo em buscar...
Mas que é preciso seguir buscando,
Tentando, dentro de mim... Tentando
Tentando, inutilmente, encontrar.
Puetalóide
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SONETO EM INTERAÇÃO
Enquanto o poeta canta dores... Choro.
Seus versos cantados são amargurados
Que mais parecem meus... Então lhe rogo:
- Ah! Por Deus, não me exponha deste modo.
Trago tristezas, desencantos, e eu canto
Pois há em mim um amor desesperado,
Que deve ser urgentemente liquidado,
Nem que pra isso tenha de morrer de fato
Contudo sonho, e às vezes confesso;
O desejo de ser flor, e sem espinho,
Pra perfumar a alma do meu amado.
E, com franqueza de quem não sabe mentir,
Jurando por tudo, e sem medo de ir:
Prefiro sofrer a nunca ter amado.
Ysolda Cabral