AS MINHAS RAIVAS
Sinto as raivas do mundo despojadas
No meu espírito cansado em tudo
E desfaço-me e crio duro escudo,
Sobre as infâmias mortas e lavradas
Da terra seca de onde as fracassadas
Ilusões têm horrores de meu mudo
Silêncio, mas mortal em alma iludo
Inférteis males, sombras acabadas...
Farto de vis pessoas tão mesquinhas,
Raios, trovões do céu caiam na terra
Sobre alucinações somente minhas!
É que sinto este estado sempre em guerra
Contra as palavras cornas de mansinhas,
De quem me zela em frente e atrás me ferra!
Ângelo Augusto