A dançarina
Falas por meio do teu corpo inteiro,
Na manifestação das tuas danças.
No solo te jogas. Nos ares te lanças,
Num gesto apaixonado e verdadeiro.
Gingas, remexes, rebolas, balanças,
Num ritmo expressivo e aventureiro.
Quer seja no tablado ou num terreiro,
Não paras, não desistes, nunca cansas...
A perna, o braço, o corpo, nada emperra;
Tudo se movimenta; livre; ao léu...
A linguagem da vida se descerra.
E cumpres nesse mundo o teu papel:
Os pés descalços vão tocando a terra,
As mãos erguidas tateando o céu.