Noite escura
Oh! Noite escura e longa! Noite fria,
que nos meus olhos arma tantas tendas,
e nubla o meu olhar com negras rendas,
és fonte de tristeza e de agonia.
Oh! Noite fria! Sem luar nas fendas
e sendas – pura força da entropia –
que causa, dentro em mim, o caos, sangria
igual na cana, os dentes das moendas.
Tu és enorme fardo, irmã da morte
a debruçar em meu viver sem norte
com teu sudário negro, teu capuz.
Aveludada noite, fria e escura
com mil porões profundos de amargura,
não vês que necessito paz e luz?
Brasília, 14 de Novembro de 2013.
ESTILHAÇOS, pg. 107
Oh! Noite escura e longa! Noite fria,
que nos meus olhos arma tantas tendas,
e nubla o meu olhar com negras rendas,
és fonte de tristeza e de agonia.
Oh! Noite fria! Sem luar nas fendas
e sendas – pura força da entropia –
que causa, dentro em mim, o caos, sangria
igual na cana, os dentes das moendas.
Tu és enorme fardo, irmã da morte
a debruçar em meu viver sem norte
com teu sudário negro, teu capuz.
Aveludada noite, fria e escura
com mil porões profundos de amargura,
não vês que necessito paz e luz?
Brasília, 14 de Novembro de 2013.
ESTILHAÇOS, pg. 107