UM BARCO A DERIVA. soneto-479.
Sei que a vida solitária é barco perdido,
Empurrado pelas ondas a mar aberto,
Seu viajante que não divisa porto perto,
Em tempestade sob o vento sacudido.
Solidão é um mar revolto em turbilhão,
Deixando à deriva nossos sentimentos,
Trazendo-nos angústia tais momento,
Quando vem a apropriar-se do coração.
Barco sem leme em mar bravio a vagar,
Solto na imensidade de encapelado mar,
Sem piloto a mercê do tempo e o destino.
As furiosas ondas o sacodem como quer,
Está disposta vida pendente ao que vier,
Perde-se no absurdo em louco desatino.
Cosme B Araújo.
13/11/2013.