UM BARCO A DERIVA. soneto-479.

Sei que a vida solitária é barco perdido,

Empurrado pelas ondas a mar aberto,

Seu viajante que não divisa porto perto,

Em tempestade sob o vento sacudido.

Solidão é um mar revolto em turbilhão,

Deixando à deriva nossos sentimentos,

Trazendo-nos angústia tais momento,

Quando vem a apropriar-se do coração.

Barco sem leme em mar bravio a vagar,

Solto na imensidade de encapelado mar,

Sem piloto a mercê do tempo e o destino.

As furiosas ondas o sacodem como quer,

Está disposta vida pendente ao que vier,

Perde-se no absurdo em louco desatino.

Cosme B Araújo.

13/11/2013.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 13/11/2013
Reeditado em 19/11/2013
Código do texto: T4568961
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.