Narcotizada

Abandona o embrião vil a carcomer

Os que padecem dessa tal loucura

De dores tétricas no sangue a comer

As próprias vísceras na sepultura.

Hades socorre o que não sara e atura

Ódio, dúvida e um mau na nau a premer

As torrentes escuras na dor da sutura

No mar do esquecimento lento a fremer.

Sina na morte a mão de Hera a tua deusa

Silenciosa dona nos males esfria

No sofrer deletério a luz mais fria.

De Nêmeses a ira na mira sombria

Um clamoroso penar n’alma sentia

Na eterna noite do açoite a estranheza.

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 12/11/2013
Reeditado em 24/12/2013
Código do texto: T4568407
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