Amor eterno
Edir Pina de Barros
 
Quando eu ganhar os céus e livremente
voar pelos espaços infinitos,
sem sentir nada, sem quaisquer atritos,
liberta da matéria (do aparente),
 
e do passado – fardo tão presente –
desse viver, com mil limites, mitos,
que exigem tantos  gestos, tantos ritos,
das marcas que ora trago em minha mente;
 
liberta dos limites desse mundo,
e resumida à essência do profundo
amor imorredouro, aventurado;
 
no derradeiro voo – eu, passarinho –
nos céus de teu olhar farei meu ninho
e viverei em ti, ó, meu amado.
 
Brasília, 09 de Novembro de 2013.

ESTILHAÇOS, pg. 18
Sonetos selecionados, pg. 72
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 09/11/2013
Reeditado em 17/09/2020
Código do texto: T4563529
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