SONETO DA NOITE PLUVIOSA

Em haustos desta noite pluviosa,

meu coração se queda num suspiro

por sua ausência, uma ânsia penosa

faz que o vazio preencha o meu retiro.

Num céu ermo, numa massa brumosa,

ao pélago silente, no qual respiro,

me arrasta uma força silenciosa

que nessa noite no sonho difiro.

De novo vejo a chuva na janela,

no escuro vejo umas poças no chão

vibrando com pingos que caem dela.

Fico a imaginar esta minha visão:

como vibram as poças da procela,

assim vibra por ti meu coração.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 08/11/2013
Reeditado em 08/07/2015
Código do texto: T4562393
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