ALAMEDAS
ALAMEDAS
As alamedas plenas de dulçores,
Cheias de sombras, cheias de mistérios...
Lembram em tardes mansas, sem rumores,
A ungida solidão dos cemitérios.
Finas résteas de luz entre as ramadas,
Que fugidias vão perdendo as cores,
São quais ninfas bailando em revoadas,
A dança dos queixumes e tristores.
Eu amo as alamedas sinuosas
Dos bosques, onde palmas perfumosas,
Lembram flores do céu, puras, benditas!
Eu amo a suave paz desses recantos,
E ajuda-me a esquecer minhas desditas,
Que amaina a tempestade dos meus prantos.